O passeio do poeta

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Quem lembra do."poeta"? Sim aquele mesmo que escrevia com a alma, observando a face da morte sobre severos espectros mentais, que escrevia tais metáforas que nem ele conseguira entender, mas o que lhe houve para ter ficado tanto tempo sem dizer uma se quer palavra? Será talvez que suas próprias palavras o engoliram? Ou será que a morte teve a sua vez? Certeza é, que a morte deu um tempo em suas funções, não lhe tem agido muito ultimamente... Será por isso que o poeta deixou de escrever... Parafrasear é o que há... Bem pois, aguardemos o termino do passeio do nosso ilustríssimo amigo com sua fiel amiga a morte... E assim veremos o resultado disto...

Jéssica - Cap. III [Capítulo Especial]

domingo, 26 de janeiro de 2014

 Nota do autor, "prus meu leitor": Galerinha, creio que esse seja um dos melhores textos que escrevi, creio que não escrevi tão bem na parte do meio pro final, acho que por questões emocionais mesmo, e porque meu horário de trabalho (de escrever/ler) é de madrugada, e nem sempre cola fazer isso de madrugada, me desculpem se tiver algum erro, por favor me avisem logo para eu poder consertar, eu reli o texto, algo que não faço de costume, mas é uma ocasião especial, pelo que vi não tem erros, mas possa ser que brote algum do plano de fundo preto do blog, então já sabem, avisem. Andei pensando, acharia conveniente formular um futuro livro com alguns contos que escrevo aqui, e com outros novos claro, e esse certamente estaria, mas pra começo de conversa, o texto não seria esse, irei melhora-lo haha, ah para deixar vocês curiosos e emotivos, o texto é baseado em alguns fatos reais, boa leitura ;)




Cap. III
Jéssica


Já era noite, quando ele sentou-se na poltrona e passou a pensar... A luz do luar atravessava a janela e diminuía o breu daquele lugar. Mas ali sentado, tomando um velho e bom whisky que ganhara de seu avó em seu 20°aniversário, começara lembrar-se de uma história, não tão velha, mas que já daria oportunidade  ao tempo de corroê-la.
Era 15 de abril de 2000, desde lá foram bons longos anos, mas tudo parecia que foi ontem... Ele estudava numa escola que ficava há uns vinte minutos de sua casa, até que era um garoto empenhado, mas sempre abismado com o que o futuro haveria de vir, não era de ter muitos amigos, uns cinco lhe bastava, Leo era o mais próximo, mas a Jéssica era sua companheira fiel de várias aventuras, até cinco anos antes daquela data, que foi quando ela descobriu um perigos câncer nos ossos da perna, desde lá, além da idade, isso foi mais um infeliz motivo para separar os dois velhos amigos de infância, na verdade separar diariamente, pois ele sempre a visitara em sua casa, um dos poucos amigos que lhe restara, na verdade, era praticamente o único.
Jéssica sempre foi uma garota feliz, e foi durante aqueles cinco anos também, amava ler, avaliando bem, ler era praticamente uma das únicas coisas que ela fazia, e mesmo assim parecia a fazer mais viva. Seu quarto era praticamente uma biblioteca, e seu fiel amigo contribuía significativamente com isso, sempre que podia levava um livro para ela, isso lhe dava tanto prazer quanto ver o sorriso encantador que formava no rosto dela quando o via. Mas certo dia ele deparou com um pedido inusitado da parte dela:
- Posso te pedir um favor?
- Claro! - respondeu ele.
- Teria como você comprar pra mim um caderno em branco?
- Posso sim, mas porquê mais um? Não entendo, você tem vários, até um diário que você nunca escreveu tem por aí entre os livros.- respondeu ele.
- Ah, é uma surpresa, esse é especial, e com certeza não vai ficar em branco. - Disse ela rindo.
-Então tudo bem, amanhã peço para minha mãe trazer, ah, estou indo ainda tenho que estudar para amanhã, outro dia passo aqui com mais tempo O.k.?
- Tudo bem, estarei esperando. Tchau.
Depois deste episódio ele sempre se perguntou o porque daquele caderno, o pai dela certamente não lhe negaria algo do tipo, mas ela preferiu pedir a ele, mas ele sabia que um dia iria saber.
O tempo foi passando e ele praticamente haveria se esquecido daquele caderno, mas para ele isso não importava muito, ah saúde da Jéssica foi piorando aos poucos, ainda não haveria encontrado cura, os tratamentos eram caros e torturantes, mas a tristeza não residia naquele rosto cansado e envelhecido pelas várias seções de radioterapia e quimioterapia. Aquele sorriso encantador ainda estava lá, creio que qualquer um leitor que pudesse contemplar aquele sorriso jamais esqueceria, como ele nunca esqueceu, mesmo com o tempo curto e as várias responsabilidades o apertando ele nunca a deixara de visitar, estava ali com ela para afagar-lhe as dores, para ele aquela amizade significara tudo, como qualquer amizade, onde o amor é verdadeiro e é maior que tudo, era capaz dele querer estar no lugar dela e poupa-la de tamanho sofrimento, mas sabemos que não era possível. Só que mesmo assim ele sofria com ela, ria com ela.
Certo dia, em uma de suas visitas, ela falou:
- Tenho uma surpresa pra você, mas não posso lhe dar hoje, mandarei amanhã pra você, espero que goste.
- Ah, assim vai me matar de curiosidade até amanhã! Bem, meu pai me aguarda, prometi a ele que iria o ajudar no trabalho hoje, talvez essa semana ainda passe aqui. Até mais Jéssica.
- Adeus meu amigo. - respondeu ela, com o sorriso mais radiante que ele já vira, então ele virou-se e foi em direção a saída tentando imaginar no que seria a surpresa.
O dia se passara e ele não chegou nem se quer perto a imaginar o que seria, mas sendo acaso ou não iremos ao dia em questão, 15 de abril de 2000, dia seguinte a aquele... Mais parecia um dia normal, ele acordara em seu horário de costume e foi se arrumar para ir ao colégio. Enquanto se tomava seu café da manhã sua mãe chegou com uma cara tão triste que ele quase a pergunta qual seria o motivo, mas imaginou ele que seria por causa de seu avô doente, preferiu não tocar no assunto para não a deixar pior, ele não era tão bom com as palavras. Mas na verdade o motivo ele não imaginara, sua mãe o entregou uma carta caixa e falou:
- A mãe da Jéssica passou hoje mais cedo e deixou isso aqui, disse que era pra você, acho bom abrir, não tenha pressa.
-Tá bom mãe. - respondeu ele pegando a caixa, e tentando imaginar o por que a surpresa chegara tão cedo. Não ficando em pensamentos, parou de comer e deteve-se em abrir a caixa, o que lhe lhe trouxe realmente uma surpresa, mas não tão grande quanto a que haveria por vir. Na caixa havia o caderno que ele a entregara alguns anos atrás, e uma carta... Por principio de curiosidade abriu logo a carta e se deparou com estas palavras:
" Meu caro amigo, se você estiver lendo esta carta é porque você não poderá mais me ver, mas não quero que fique triste por isso, agora não sinto mais dores, agora estou livre do que me prendia... Posso estar longe de você mais você sempre poderá me ouvir, não chore muito, sei que a saudade dói é por isso que escrevi esta carta antes de partir, para que você saiba o quanto você foi especial para mim, e sempre será, para você deixo toda a minha biblioteca, para que quando ler um livro se torne tão livre quanto fui, e mais, deixo algo que lhe prometi, "a surpresa", sei que demorou, mas preparei para este momento, naquele caderno que você me deu, eu escrevi um livro, só que o livro está incompleto, e você é o único que sabe o final, ou saberá quando ler, e como ultimo pedido, peço que prometa que terminará o livro e o publicará. Não se preocupe, eu estarei cuidado de você. Até mais, te amo de todo o meu coração, de sua eterna amiga, Jéssica."
Naquele momento, o nosso querido garoto chorava, chorava como se estivesse sendo morto... Mas na verdade estava, passara umas duas semanas praticamente chorando, tão abatido que nem o livro que lhe fora deixado haveria lido, tão abatido que queria reviver o que William Shakespeare havia criado, já achava ele a história de Romeu e Julieta algo tão plausível que se tornava algo distante das estórias mirabolantes e ilusórias do romantismo, assim como queria antes, agora queria ele morrer e acabar com aquele sofrimento, queria ele morrer no lugar dela... A vida era tão injusta... A vida é injusta... Mas aquilo haveria de passar, afinal, a Jéssica agora era uma alma livre... Ele deveria ficar feliz por aquilo mesmo que isto signifique perder horas de gargalhadas, e perder aquele lindo sorriso, logo ele compreendeu o que se passara.

Cheiro da inocência

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014



Me lembro como ontem, quando tudo tinha cheiro, os livros do colégio, os materiais, até as brincadeiras tinham cheiro... Hoje em dia é diferente, até o céu que eu via azul, se tornou mais escuro, não sinto mais cheiro de nada, na verdade tudo cheira a fumaça. 
Talvez seja por isso que todos sentimos falta da infância, sentir o cheiro dos perfumes da vida, sentir o cheiro da pura inocência, sentir que a vida nunca vai se acabar, pois, nem o cheiro das rosas eu sinto mais.




 Jean Bispo

Era Uma Vez Na Bahia - Curta metragem

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014



Hey guys, hoje não vou escrever muito, só venho mostrar a vocês mais um filminho da hora feito por um amigão meu, o cara que me inspirou a ter meu primeiro blog, e que hoje sou o Diretor de Marketing de seus filmes (da nossa companhia de filmes, Jovens Independência Filmes, haha já fui ator e pretendo escrever um filme também haha),e irei fazer jus a minha função.
Ah claro, vou falar um pouco do filme hehe', imaginem, é um trabalho de colégio, simplesmente os professores pediram a um músico pra tocar uma música... Aah, chega de falar, assistam aí e não se acanhem em comentar o que acharem, ficarei esperando. :D





Filho do Sertão

terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Sou cabra da peste,
sou filho do sertão,
há quem negue seu passado,
mas tenho orgulho
de ter sangue de gente arrretado
mas quem dera o ser eu um sertanejo
escrever poesias no luar,
nos libertar dos cabrestos,
há uma coisa que quero, 
ser tão forte quanto os sertanejos.

Os outros - Cap. II

domingo, 19 de janeiro de 2014




Cap. II
Livre como areia.


  Era fim de tarde, e o sol já ia se despedindo enquanto ele caminhava na praia de Piatã com sua prancha debaixo de um dos braços, não parecia, mas surfar era uma das coisas que ele mais gostava de fazer... "sentir a brisa do mar" ... E seguindo caminhando pela areia branca e fofa da praia, seu momento de relaxamento deu-se por terminado e ele voltou aos seus insanos pensamentos... Diminuiu um pouco os passos e começou a sentir os grãos de areia debaixo dos pés...
  -Será que alguém fora louco suficiente para contar os grãos de areia de uma praia? - sussurrou ele para si mesmo e continuou em seus pensamentos: 
  "Seres Humanos são tão incontáveis como os grãos de areia... Mas o ser humano é louco em suas próprias instâncias... Contam a si mesmos como se isso fosse fazer diferença em suas atitudes... Se ao menos metade dessa gente toda conseguisse imaginar o quão grande é o universo, talvez eles perceberiam que são tão menos insignificantes, quanto a esses inertes grão de areia...  Na verdade os grãos de areia são melhores que os humanos... Um dia eles foram rochas enormes, mas preferiram ser livres e irem onde o vento os levarem... Mas os seres humanos são mais duros que rocha... Nem se quer se deixam rolar, e acham que por si próprio vão sair do lugar... Pobres coitados... Queria eu ser um grão de areia... Ser Livre... Ir onde der telha...".

Inspirações

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Segui teu rastro até onde pude, mas logo me perdi de você... Já não sabia mais onde estava... Te procurei pelos flancos, nos mares, entre as folhas amarelas do outono... Até o tal do Seu João e seu sabiá visitei...Mas onde está você? Expire, aspire, inspire... Fui nos lugares mais distantes nos lugares impossíveis, nos lugares intransitáveis... Mas ainda não te vir... Não creio que naquele dia, bem naquele dia que eu era feliz você me deixou aqui... Sem me dizer nem mesmo para onde iria, sumiu feito flecha... Mas ainda sim me darei conta, que na verdade, a verdadeira inspiração está dentro de mim... Fui inspirado... Preciso inspirar... Fazer... A-C-O-N-T-E-C-E-R, quem dera como foi com a minha inspiração terá eu que criar uma... Assim como eu... 

O sabiá

domingo, 12 de janeiro de 2014



E a chuva caia lá fora,
O sabiá cantava
Para a alegria de Seu João
Mas quem entendia o sabiá?
O Seu João entendia,
Não só entendia,
ele sabiá.





Jean Bispo

Os outros - Cap. I

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014




Cap. I
Prelúdio


Seu fôlego já ia embora depois daquela corrida, sabe-se lá se valeria a pena, mas teria que se recuperar para mais uma corrida entre vários obstáculos, seu alvo já se movia, aquilo já era desleal... Era tudo ou nada, respirou fundo e partiu, corria loucamente quase se esbarrando em uma senhora que caminhava em sentido oposto, já sentia o alívio ao se aproximar, 5 metros... 3 metros.... 2 metros... 1 metro... e então pulou, quase caindo com o peso da sua mochila tentou se equilibrar nas barras divisórias do ônibus, então suspirava e sussurrou:
- Finalmente! 
Aproximou-se da catraca, pagou sua passagem e entrou, não como de costume, mas naquele dia encontrou um lugar vazio, parece que a corrida lhe deu um prêmio. Sentou-se em um banco do corredor, ao seu lado tinha uma jovem que lia Sonhos de uma Noite de Verão de William Shakespeare. Então finalmente seu cérebro voltou ao normal, começou a pensar em sonhos... Para que se serve os sonhos, não são eles simplesmente ilusões... Ás vezes são até torturas mentais.. Não queria ele lembrar de seus sonhos frustrados, poderia ter ele culpa nisso se foram outros que destruíram suas esperanças? Ali ele já sentia raiva, ódio, tudo o machucava por dentro, já não queria estar ali, não queria ter corrido, queria estar por aí, sem lugar para ir, sem nada sentir, somente estar por aí... Mas neste mesmo instante lembrou ele: E aqueles outros que nem sabem o que é esperança? Morrem sem nem sentir, vida? Para que a vida se eles tem a sobrevida? Agora ele queria gritar... O mundo era complexo de mais para ele, ele era complexo para o mundo, mas quem era ele naquele mundo? Se ele morresse como tantos outros faria alguma diferença? Sabia que no outro dia teria alguns trabalhando e tantos outros curtindo a vida... Decidiu ele prosseguir, quem saiba alguém encontre os sonhos perdidos dele por aí... Quem saiba alguém nasça com alguma esperança...

Eterno ciclo

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014




Quem dera, eu evitar dizer isto... "Estou de volta", sempre repito... Sempre volto, como seria prazeroso as coisas boas da vida dizerem isso sempre... Ás vezes não dizem.. Ou pior, nem avisam que se vão... Passei 6 meses sem postar, 6 meses de (com) problemas, diria que é o acaso, mas são apenas as consequências, não nem por tão pouco o mesmo... Na verdade, mal lembro quem eu era... Chorei bem menos que o de costume... Cresci... Mas não pergunte o mesmo á minha alma... Ela chorará somente em lhe perguntar... Casos fatídicos lhe ocorreram, deveria vir aqui desabafar o que me ocorreu, mesmo que fosse pelas metáforas loucas que escrevo, mas preferi deixar minha mente num vício desenvolvido há uns tempos... Vicio de pensar e raciocinar... Deveria escrever... Mas não achei o tão suficiente, mesmo minha mente funcionando a base de poemas e versos vazios... Novos amigos apareceram...Outros se foram... Perder amigos não faz o meu gosto, lamento pelos quais a distância e o tempo o fez terminar... Queria lamentar pelos quais somente pelo vazio se obteve respostas, mas minh'alma apenas chora por não ver mais e não saber o porque... Nisso me transformei... Em um errante de estradas... Minha alma visitou a morte, visitou a vida, visitou pessoas, visitou algo que seriam pessoas, viu o egoísmo e voltou, voltou porque também foi egoísta... E voltou a chorar... Sim retornar aos que foram fiéis ás tempestades foi uma boa opção e hoje estou aqui, na memória, numa poltrona segurando uma taça de vinho argentino, no meio da escuridão, vestido como sempre quis estar vestido, desenvolvendo seu melhor dom..
Pensar... Esperando a noite passar, e o dia chegar, para ver se o sol aparecerá novamente... E assim fazer o que deveria ser feito... Triste dia, onde o poeta deixou de ser poeta e o guerreiro deixou de batalhar... Sentir a espada na mão é ótimo, mas é chegada a hora de usa-lá... Aqui estou... Afiando-a para a única e ultima batalha...


Feliz ano novo... Espero eu...
Pensamentos Irreais