O Viajante

terça-feira, 27 de janeiro de 2015


Surgia no leste um surto de vida, réstia da morte do oeste, sangue verde, corria cegamente entre as árvores, enxergava o que ouvia, ouvia o que enxergava, pobre menino sonhador, ao menos sabia que as nuvens não eram de algodão, mas um dia foi tão alto que o gelo que penetrava em suas veias, dissolvendo sua seiva, fez faltar-lhe força, pois tua queda era cegamente prevista, teu corpo chamegava, desfalecendo-se...
Foi desintegrado no seu próprio ar, teus destroços foram espalhados pelo universo, em outras dimensões.
Um pobre viajante encontrou o que parecia os restos de seu coração despedaçado, provavelmente por acaso, ou não... quem sabe? Mas seu coração ainda batia, num ritmo lento, ainda flutuava, derramava seu sangue verde lentamente...

Resenha - O Sincronicídio

sábado, 17 de janeiro de 2015


Oie pessoas, bem, hoje vai minha primeira resenha literária em 3 anos de blog (que não comemorei nenhum até hoje :/), mas não porque não leio, mas pelo fato de que sou meio restrito a livros, normalmente só leio o que é realmente do meu gosto ou que tenha um pouco haver comigo, ou seja, isso tira 80% de possibilidades numa livraria, mas estou querendo quebrar isso logo em breve.

O livro de hoje, acho que me emociona falar um pouco dele e de quem escreveu, pelo fato de ser brasileiro e baiano (aewooo uehauehauhe). Sim, "O Sincronicidio - Sexo, morte e revelações Transcendentais", foi escrito pelo maravilhoso Fabio Shiva, que assim como eu é soteropolitano e músico (cof cof, sou quase), e tem o tema que amo de paixão: romance policial. E sem esquecer que ele se tornou um grande amigo e parceiro do blog.

A principio, achei estranho um romance policial ter 500 páginas, sim, o fato era que esse livro é diferente de tudo que li na vida, algo completamente novo, uma maneira de escrever totalmente diferente do convencional, por horas via o livro falando do próprio livro, e vice-versa, isso demonstrou tamanha genialidade do Fabio Shiva, que misturou o I Ching (um tipo de Horoscopo Chines), com xadrez e o padrão de folhetim.

Tendo como personagem principal o inspetor Alberto Teixeira, o livro viaja num verdadeiro jogo mortal. Jogo tão alucinante que me fez o ler em 7 dias (ou melhor, 7 madrugadas haha). Já a maneira que se discorre o enrendo, dá para perceber, que por momentos nada se parece com Sherlock Holmes (Arthur C. Doyle) ou Hugo Poirot (Aghata Christie), talvez lembrei um pouco de Dan Brown e seus momentos de tensões que nos faz sentir o livro na alma.

Sim, sobre os crimes, eles nunca deixam de ocorrer, porém o mais importante na história, não é o desvendamento do crime, e sim o próprio crime em si.


Não há meras coincidências.
Tudo é coincidência. 

Coincidência ou não, esse livro me fez desprender um pouco dos meus gostos pessoais a respeito de temas, talvez pelo próprio mistério que causa o título, e talvez também, o fato de eu ter começado a ler, sem ter feito conclusões antecipadas, isso me fez admirar uma obra prima que poucos tiveram a oportunidade de ler. O Sincronicídio é um livro único.

Se se interessou no livro, você poderá comprar o livro no próprio site da Caligo Editora, que fez um maravilhoso trabalho com o livro, clicando aqui. Para acompanhar o trabalho do Fabio e seu livro clique aqui, ah, acesse a página da banda dele também, Mensageiros do Vento, que faz um maravilho trabalho além de musical, literário  assim você contribui para o desenvolvimento da nossa riquíssima literatura nacional.








O cais

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Olá pessoal, enfim, depois de um período de férias pra tentar relaxar a mente e deixar a criatividade fluir, descobri que minha mente não relaxa, mas enfim, estou de volta, e pretendo voltar com tudo, já tem resenha de livro de um dos nossos parceiros a ser feita, e já tem outros livros na lista pra leitura aqui, então espero que eu possa prosseguir o ano sem crises de travamento mental. 
__________________________________________________________________________

Foto: Lidiane Dias

Fazia tempo que eu já tinha partido, se bem que meu coração nunca partiu, ficou lá, naquele maravilhoso cais. Talvez depois de tanto tempo ainda tenho em minha memória a sua imagem... Pera, foram só 3 meses... Parecem 30 anos... Se bem que lembro daquele abraço carinhoso e de um sorriso suave, que ainda flutua do cais até a proa. Lembro também daquelas conversas que rompiam a escuridão da noite, do dar ouvidos e ser ouvidos. Lembro também da tua voz, ela sempre ecoa durante os sonos embalados pelo chacoalhar do mar. Mas o que lembro mesmo é do cais, pedacinho de terra, lembro dele pra não me perder, lembro dele porque sei que estará lá me esperando, com as pernas balançando na água.
Pensamentos Irreais