Quando o poema mata o poeta

quarta-feira, 4 de abril de 2018


O poema dizia
Se iria, faria ou retornaria
Não obstante, se ouviria
Tudo estava tão perto
O afeto, correto, incerto
Tão distante, mas aberto
O poeta sempre a contrapôr
 A flor, a dor, o amor
É brilhante, onde recompôr

O poeta dizia
 A morte, o escárnio e o resplendor
O mundo, a morte e o rancor
A vida, o corte, e o terror

A vida dizia
Águas densas onde se afogam a dor
Ou se nada, ou mergulha em dessabor
A chama que arde é a que mata
E morrendo o poeta se esconde o amor
Escrevendo, a vi
da numa ata

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